PMBA Lança Canção Oficial em Celebração aos 200 Anos de História
Nesta quarta-feira (15), como parte das comemorações do bicentenário da Polícia Militar da Bahia (PMBA), foi lançada a música oficial “Bicentenária PMBA”, composta por Vinícius
Ao longo de dois séculos, a Polícia Militar da Bahia tem evoluído com a sociedade, enfrentando desafios e celebrando conquistas. Homens e mulheres dedicados trabalham diariamente para garantir a paz, proteger vidas e construir um ambiente seguro para todos. Mais do que uma força de segurança, a PMBA é sinônimo de serviço público, dedicação e superação. Nossa história reflete respeito à vida, busca constante por justiça e uma presença ativa junto à comunidade. Durante o ano de 2025, este site será atualizado constantemente com novos conteúdos, eventos e histórias. Para enriquecer ainda mais as celebrações, disponibilizaremos um canal exclusivo para o envio de fotos, sugestões e relatos, estimulando a participação de públicos interno e externo.
A Polícia Militar da Bahia nasceu do desejo de um futuro livre e da necessidade de garantir a ordem pública em tempos de transformações históricas. Em 17 de fevereiro de 1825, um decreto imperial assinado pelo Conselho de Ministros do Império do Brasil e chancelado por Dom Pedro I deu origem ao Corpo de Polícia da Bahia. A corporação surgiu em resposta às intensas lutas pela independência, especialmente no território baiano, entre 1822 e 1823, que exigiram uma força capaz de assegurar a tranquilidade e proteger o povo em um período de grandes mudanças.
Desde então, a PMBA construiu uma trajetória marcada pela bravura e pelo compromisso com a sociedade, atuando como uma referência de segurança e dedicação ao bem-estar da população. Esses 200 anos refletem o legado de gerações que dedicaram suas vidas à nobre missão de servir e proteger. Ao celebrarmos esse marco, reconhecemos o passado, honramos o presente e renovamos nossas forças para os desafios do futuro.
A organização inicial estabeleceu a composição da força policial com um efetivo de 238 homens. A comandá-la um major, secundado por cinco oficiais do Estado-Maior. Além disso, duas companhias de infantaria, cada qual com 116 homens, eram as responsáveis pelo efetivo policiamento da província. Ao novo corpo coube a responsabilidade de manter a paz e a ordem públicas num território conturbado pelo cenário socioeconômico do período.
O primeiro comandante da nova organização foi escolhido pelo desempenho anterior em várias situações críticas no período, notadamente na guerra pela Independência do Brasil na Bahia, em 1823. Manoel Joaquim Pinto Paca (ou Pacca) assumiu pioneiramente o comando do Corpo de Polícia da Bahia quando da criação do órgão, em fevereiro de 1825, permanecendo no cargo até o ano de 1831.
Criada em 17 de setembro de 1849, a Banda de Música do Corpo de Polícia da Bahia, hoje Banda Maestro Wanderley, é um ícone da história da PMBA. Com participações marcantes, como na Guerra do Paraguai, e a regência única do maestro Carlos Gomes, consolidou-se como pioneira ao gravar um LP em 1917 pela Casa Edson. Seu histórico inclui apresentações grandiosas, como a união com a Orquestra Sinfônica de Moscou. Reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia, ela representa a alma musical da corporação.
Com a eclosão da guerra do Paraguai, em 1864, o Império se viu diante da necessidade de convocar efetivo voluntário para compor as fileiras do Exército Brasileiro no conflito. Antes mesmo da edição do decreto elaborado para tal fim, o Corpo de Polícia da Bahia se ofereceu à luta, e foi aceito. Para o campo de batalha, por conseguinte, seguiu um contingente de 477 homens chefiado pelo então comandante do corpo, tenente coronel Joaquim Maurício Ferreira. Lá permaneceu até meados de 1870, quando retornou coberto de glórias ao Brasil com, apenas, 77 sobreviventes.
A guerra de Canudos (1896 – 1897) é um episódio sangrento na história do Brasil. O pequeno município no interior da Bahia foi palco de luta que opôs forças republicanas e sertanejos guiados pelo beato Antonio Conselheiro, cujas prédicas atraíram milhares de pessoas desassistidas em diversas regiões dos sertões em busca de melhores condições de vida. Atendendo ás determinações do poder central, a força policial baiana integrou três das quatro expedições direcionadas à eliminação do movimento, com desfecho trágico em ambos os lados.
João Antonio Wanderley iniciou sua carreira na Banda de Música da Polícia Militar da Bahia, crescendo na corporação até se tornar capitão e maestro em 1912. Sua trajetória foi marcada pela excelência e paixão pela música, elevando o nome da instituição em cada apresentação. Seu maior legado foi a composição do “Hino ao Senhor do Bonfim”, em parceria com Artur de Sales, uma obra que atravessa gerações. Faleceu em 1927, deixando um legado imortal, sob grande comoção popular.
Na década de 1920, a PMBA inovou ao encaminhar praças pré-selecionados à Escola de Sargentos de Infantaria do Exército Brasileiro. A medida aprimorou a instrução e formação dos policiais, elevando a qualidade profissional e abrindo caminho para que muitos alcançassem o oficialato e postos de destaque na corporação. Essa decisão visionária marcou o início de uma nova era no ensino, consolidando a valorização e o desenvolvimento dos quadros da Polícia Militar da Bahia.
O movimento revolucionário de 1924, iniciado na capital paulista, esteve diretamente atrelado a existência de uma insatisfação dentro das Forças Armadas em oposição ao presidente da república, Artur Bernardes. Essa mobilização colocou os insurgentes em rota de colisão com as forças legalistas pró-governo. Em novembro de 1924, a então Brigada Policial disponibilizou parte do seu efetivo a fim de promover a manutenção da ordem pública nacional e combater os revoltosos que se encontravam articulados no sul do país. Foram 511 homens incorporados às forças do Exército Brasileiro, as quais atuaram em diferentes frentes Apesar das inúmeras carências a campanha no sul do país saiu exitosa, com direito a referência elogiosa do General Rondon, comandante da campanha em prol da legalidade, sinalizando a bravura como elemento de destaque do contingente baiano.
O banditismo foi um fenômeno de longa duração desenrolado, principalmente, no território do semiárido nordestino. Um de seus braços mais consistentes foi o cangaço, modalidade criminosa que se espalhou por sete estados da região, inclusive na Bahia. Para combatê-lo, a corporação dispendeu esforço incomum, notadamente dos efetivos embrenhados nas caatingas em perseguição aos bandoleiros. Principalmente entre os anos de 1928 a 1940, quando da eliminação dos últimos grupos cangaceiros que atormentavam a região, a corporação atuou fortemente objetivando o alcance da segurança pública da população.
Com origens no século XVII, o atual Quartel do Comando-Geral da PMBA, inicialmente denominado Casa da Pólvora, desempenhou múltiplas funções ao longo do tempo, incluindo hospital militar e cadeia. Durante a Sabinada, foi palco de disputas históricas. A Polícia Militar ocupou o local no final do século XVIII, mas foi nos anos 1930 que o comando da corporação se transferiu definitivamente, consolidando o quartel como o centro estratégico da PMBA.
Em 1936, a construção da Vila Policial Militar do Bonfim marcou um momento histórico para a PMBA. Até hoje, o conjunto abriga pilares da corporação, como a Academia de Polícia Militar, o Departamento de Saúde, o Instituto de Ensino e Pesquisa e o Colégio da Polícia Militar/Dendezeiros. A vila não é apenas um símbolo da história da PMBA, mas também uma referência para Salvador e sua população.
Entre 1958 e 1963, a PMBA foi comandada pelo coronel Antonio Medeiros de Azevedo, oficial de destacada formação e liderança. Sob sua gestão, consolidou-se o sistema de ensino da corporação, sem deixar de lado as operações. Sua maior contribuição foi a criação do Centro de Instrução Militar (CIM), precursor da Academia de Polícia Militar da Bahia, principal pilar de formação da instituição. Sua visão estratégica marcou uma era de progresso e modernização na história da PMBA.
Introduzido na década de 1960 pelo ex-comandante-geral Antonio Medeiros de Azevedo, o policiamento ciclístico trouxe inovação à segurança pública. Reconhecida por sua eficácia, a modalidade fortaleceu o policiamento ostensivo, garantindo agilidade e proximidade com a comunidade. Um marco de modernidade que permanece relevante até hoje.
No final da década de 1960, Salvador ganhou um espetáculo a céu aberto: o soldado Armando Marques da Silva, o icônico “Guarda Pelé”. Com acrobacias e carisma, ele conquistou a população ao controlar o trânsito com estilo único. Sua popularidade ultrapassou fronteiras, e o personagem tornou-se uma sensação internacional. Até hoje, quem presenciou suas apresentações nas ruas da capital baiana guarda viva a memória do policial que transformou o caos do trânsito em um verdadeiro show.
Fundado em 1974 e instalado em 1975, o 10º Batalhão de Polícia Militar em Barreiras foi por décadas o principal responsável pela segurança de 31 municípios no Oeste da Bahia. Com destacada atuação na proteção territorial, incluindo as divisas da região, tornou-se essencial para a segurança pública local. Hoje, cumpre sua missão como Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação, reforçando sua importância histórica e estratégica.
Criada em 1973, a Companhia de Polícia Rodoviária assumiu desde o início um papel essencial na segurança das rodovias baianas. Seu impacto cresceu ao longo dos anos, culminando na transformação em batalhão no ano 2000. Na foto, a unidade recebe viaturas Passat, marcando um avanço na modernização do policiamento rodoviário e destacando seu compromisso com a proteção nas estradas.
O ano de 1983 marcou um divisor de águas na história da PMBA com a nomeação do coronel João Araújo dos Santos como comandante-geral. Pela primeira vez, após 158 anos de alternância de comando com oficiais do Exército Brasileiro e da Guarda Nacional, a corporação inaugurava uma era de comandamento por oficiais formados na própria instituição. Desde então, a tradição se consolidou, fortalecendo o sentimento de pertencimento e identidade na Polícia Militar da Bahia.
Criado em 1986, a partir do Pelotão Águia fundado em 1972, o Esquadrão de Motociclistas Águia tornou-se referência em agilidade e eficiência. Inicialmente sediado na Vila Policial Militar do Bonfim, foi transferido para o Alto de Ondina em 1987, onde permanece até hoje. Suas atividades incluem policiamento de trânsito, escolta de valores e autoridades, além de apoio a eventos esportivos, consolidando-se como um pilar da segurança pública baiana.
Em 1989, a PMBA deu um passo histórico ao incorporar seu primeiro contingente feminino. Esse marco transformador trouxe novas perspectivas à segurança pública e provou que a competência não tem gênero. Hoje, as mulheres estão plenamente integradas à rotina policial militar, reafirmando diariamente sua importância e valor para a corporação. Esse avanço simboliza igualdade e inovação na história da PMBA.
Instituído em 2011, o Programa Pacto pela Vida promoveu uma nova era de proximidade entre a PMBA e a sociedade, com foco no policiamento comunitário e na proteção dos direitos humanos. Atuando em parceria com outros órgãos do Estado, a corporação se tornou um elo essencial no enfrentamento da criminalidade, especialmente em comunidades vulneráveis, resultando na queda significativa dos índices de violência. O sucesso do programa inspirou a criação de iniciativas semelhantes, ampliando seu impacto na Bahia.
Em 2011, a PMBA adotou a filosofia da Polícia Comunitária, transformando a relação entre a corporação e a sociedade. Com foco na proximidade e confiança, o efetivo foi amplamente capacitado para atuar junto às comunidades. Essa iniciativa promoveu diálogo, segurança e cooperação, rendendo frutos positivos que continuam a fortalecer os laços entre a polícia e o povo baiano até os dias de hoje.
Em 4 de junho de 2024, o governador Jerônimo Rodrigues sancionou a lei que institui o Programa Bahia pela Paz, uma iniciativa voltada para a prevenção da violência e a redução das mortes de jovens no estado. O projeto busca uma nova abordagem para a segurança pública, baseada na cidadania, nos direitos humanos e na inclusão social.
Coordenado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, o programa reafirma que segurança e direitos humanos são pilares inseparáveis para a construção de um futuro mais justo. Com foco na juventude, a iniciativa aposta na criatividade e no fortalecimento de políticas públicas que transformam realidades e garantem mais dignidade à população baiana.
Uma Viagem pela História da PMBA
Explore os momentos mais marcantes dos 200 anos da Polícia Militar da Bahia em nossa galeria exclusiva, “200 Anos em 200 Imagens”. Cada fotografia conta um capítulo dessa trajetória, celebrando os desafios, conquistas e transformações que moldaram nossa corporação.
Descubra cenas emblemáticas, rostos que fizeram história e eventos que marcaram o compromisso da PMBA com a sociedade baiana. Esta coleção é um convite para revisitar o passado com respeito e orgulho, valorizando o legado de honra e dedicação construído por gerações de homens e mulheres que se dedicaram ao serviço público.
Mergulhe nessa jornada visual e faça parte desta celebração histórica, que reflete não apenas a bravura da nossa instituição, mas também o impacto de sua atuação na vida do povo baiano. Venha conhecer as imagens que eternizam 200 anos de coragem e compromisso!
O calendário será atualizado regularmente, garantindo que todos possam acompanhar os eventos e se envolver nesse momento de celebração.
Convidamos você a participar conosco dessa jornada que honra o passado, celebra o presente e projeta um futuro de dedicação ao povo da Bahia.
Fique por dentro de todas as novidades e eventos em comemoração aos 200 anos da PMBA! Em nosso canal de notícias, você acompanhará atualizações exclusivas, curiosidades históricas e tudo o que envolve o bicentenário da corporação. Não perca nenhum detalhe dessa celebração!
Nesta quarta-feira (15), como parte das comemorações do bicentenário da Polícia Militar da Bahia (PMBA), foi lançada a música oficial “Bicentenária PMBA”, composta por Vinícius
Em 2017, a Polícia Militar da Bahia (PMBA) conquistou um marco histórico e inédito entre as polícias militares do Brasil. Parte significativa de seu acervo
Camarote da PMBA no Carnaval 2025 celebra 200 anos com tema histórico, levando a tradição da corporação à avenida.
A Medalha Comemorativa dos 200 Anos da Polícia Militar da Bahia foi concebida para celebrar dois séculos de dedicação, bravura e compromisso com a segurança pública. Inspirada na rica tradição heráldica da PMBA, a medalha preserva símbolos históricos da corporação, reforçando sua identidade institucional e sua conexão com a história baiana e nacional. Seu design é centrado em um octograma, formado pela sobreposição de dois quadrados em ângulos de 45 graus, representando equilíbrio e integração. No centro, encontra-se o Brasão de Armas da PMBA, acompanhado da inscrição “200 ANOS”, destacando o vínculo entre a comenda e a corporação.
Além de um marco comemorativo, a medalha simboliza valores fundamentais da PMBA, como disciplina, lealdade e coragem, refletidos nas cores e elementos que compõem a insígnia. A fita, dividida em seis listras nas cores azul, vermelho e dourado, remete às tradições da corporação e aos pilares que sustentam sua trajetória. O reverso traz a inscrição “Bicentenária Milícia de Bravos”, reforçando o legado de excelência e compromisso com a sociedade. Este símbolo não apenas homenageia o passado, mas também reafirma o compromisso da PMBA com o futuro da segurança pública na Bahia.
DECRETO Nº 23.117 DE 09 DE OUTUBRO DE 2024
Institui a Medalha Comemorativa dos Duzentos Anos de Criação da Polícia Militar da Bahia na forma que indica, e dá outras
providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso V do art. 105 da Constituição Estadual,
D E C R E T A
Art. 1º – Fica instituída, no âmbito da Polícia Militar da Bahia – PMBA, a Medalha Comemorativa dos Duzentos Anos de Criação da Polícia Militar da Bahia, Comenda voltada a distinguir as pessoas físicas e jurídicas, organizações civis e militares, nacionais e estrangeiras, que por seus feitos, contribuições e ações em favor desta bissecular instituição de Segurança Pública, contribuíram para construção de sua longeva e gloriosa história, bem como para o enaltecimento dos seus grandiosos valores.
O selo dos 200 anos da PMBA foi concebido a partir do brasão oficial da corporação, preservando elementos que simbolizam a força e a tradição da Polícia Militar da Bahia. Ele reflete dois séculos de dedicação e compromisso com a segurança pública e o bem-estar da sociedade baiana. O lema “Uma força a serviço do cidadão” sintetiza a essência da PMBA, que sempre esteve presente nos momentos mais desafiadores da história, protegendo e servindo ao povo com bravura.
Além de ser um marco comemorativo, o selo destaca a grandiosidade da trajetória da PMBA desde 1825, reforçando os valores que sustentam sua atuação: disciplina, lealdade e responsabilidade. A arte, que combina modernidade e tradição, busca resgatar a identidade histórica da corporação, celebrando seus heróis e a conexão com a população. Este símbolo é uma homenagem ao passado, uma valorização do presente e um compromisso com o futuro da segurança na Bahia.